O FC MAIA Lidador foi batizado tendo em conta três aspetos fundamentais
- O objeto futebol
- O nome da terra onde existe – o Município da Maia
- O nome da maior figura histórica do Município: Gonçalo Mendes da Maia «O Lidador»
Município da Maia
A Maia é uma cidade e concelho português no Distrito do Porto, Região Norte e sub-região do Grande Porto, com 135 306 habitantes. Pertence ainda à Grande Área Metropolitana do Porto.
É sede de um município com 83,14 km2 de área, subdividida em 10 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios da Trofa e de Santo Tirso, a leste por Valongo, a sueste por Gondomar, a sul pela cidade do Porto, a sudoeste por Matosinhos e a noroeste por Vila do Conde. Para além da cidade da Maia, o concelho possui três vilas: Moreira, Castêlo da Maia e Águas Santas.
História
A zona onde actualmente se encontra o município é povoada há milénios, tendo sido encontrados vestígios que datam do Paleolítico. Em muitos dos montes da região existiram povoados, da Idade do Ferro. Atraídos pela riqueza dos solos e a abundância de recursos, os romanos também deixaram aqui as marcas visíveis da sua ocupação. Em meados do século XIII, o julgado maiato estendia-se desde a cidade do Porto até ao Ave e do mar até às serras. Em 1304, no entanto, as Terras da Maia foram integradas no termo do Porto, perdendo a autonomia administrativa e política. Em 1360, foram instituídos os primeiros donatários na região e, nesse ano, D. Pedro I doou o senhorio da Azurara, com o julgado da Maia, ao infante D. Dinis, seu filho.
A história deste município está, também, intimamente ligada à fundação da nacionalidade. Alguns autores defendem mesmo que o príncipe Afonso Henriques terá sido aqui educado, junto à família dos Mendes da Maia, a que pertenciam o arcebispo de Braga D. Paio Mendes e o famoso guerreiro Gonçalo Mendes da Maia, o “Lidador”, assim chamado por ter entrado em constantes lutas destemidas contra ossarracenos.
Na época dos Descobrimentos, saíram da Maia, tecidas com as matérias-primas dos linhares locais, grande parte das velas que equiparam as caravelas portuguesas. No início do século XVI, coube a D. Manuel I conceder o foral, que previa as rendas e os foros a pagar aos donatários dos reguengos da Maia, bem como a forma de exercer as penas e justiças mais comuns. Entre os anos de 1700 e 1836, o concelho era composto por 44freguesias e englobava toda a faixa marítima entre o Leça e o Ave. Com as reformas administrativas iniciadas em 1836, transfor- mou-se num município autónomo, mas reduzido em área e em número de freguesias. Em 1857, chegou mesmo a ser extinto e foi necessário esperar até1868 para que fosse restaurado.
No século XIX, a Maia foi atravessada, em 1809, pelo exército napoleónico do duque da Dalmácia, o marechal Soult, que de Braga se dirigia para o Porto. Nos anos agitados das lutas liberais foi também, entre 1832 e 1834, palco de lutas sangrentas entre absolutistas e liberais.
Após a proclamação da República, em 1910, a Maia (elevada a vila no ano de 1902) teve por algum tempo, como administrador, o filósofo tribuno Leonardo Coimbra.
No dia 23 de Agosto de 1986, a Maia foi, finalmente, elevada à categoria de cidade.
Lidador
Gonçalo Mendes da Maia
Maia, 1079 — Batalha de Ourique, 1155
conhecido como “O Lidador” – foi um comandante militar e um cavaleiro português.
Nasceu na vila do Trastamires (actual Maia), junto à cidade do Porto. Como o apelido (nome de família) só aparece, em Portugal, por volta do século XV a XVI, e Mendes era patronímico (filho de Mem ou Mendo) não se pode dizer com propriedade que D. Gonçalo pertencia à família dos Mendes, tendo como irmãos Soeiro Mendes e D. Paio Mendes.
Na mocidade, por sua fidalguia e afinidade espiritual, tornou-se um dos maiores amigos do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. A vontade férrea de D. Gonçalo e suas inúmeras e épicas conquistas no campo de batalha – em que o risco à vida era o eterno desafiante – granjearam-lhe o cognome de “O Lidador”.
Segundo a lenda popular, no dia em que comemorava 95 anos, Gonçalo Mendes estava na frente de uma batalha contra os muçulmanos, que estava a correr mal para o lado português. De repente, ganhou renovado vigor e, juntando um grupo de combatentes, atacou o inimigo. Este, ao ver um soldado envelhecido atacar com a força de um jovem, julgaram-se perante um acto mágico, o que lhes diminuiu o moral.
Assim, um dos maiores líderes muçulmanos decidiu enfrentar Gonçalo Mendes, na esperança de reconquistar o moral das suas tropas. Apesar de gravemente ferido, Gonçalo Mendes conseguiu derrotar o seu adversário, com efeitos demolidores, pois o exército muçulmano, sem líder, desorganizou-se, pelo que as tropas portuguesas conseguiram ganhar a batalha. Finda a batalha, Gonçalo Mendes terá sucumbido aos ferimentos.
Ainda hoje a cidade da Maia e os seus habitantes prestam homenagem ao seu heroi, sendo a mesma conhecida como a cidade do Lidador .
Conclusão
Foi da conjugação destes três aspetos que surgiu o nome FC MAIA Lidador, um clube de futebol que tem na sua designação o nome da sua terra, a Maia, e o espírito da sua figura maior da história, o Lidador.
O símbolo do FC MAIA Lidador foi inspirado na história do Lidador da Maia, um comandante militar e um cavaleiro português.
O Elmo é uma proteção utilizada no ambiente bélico destinada a defender a cabeça do soldado. O escudo é a parte principal da figura que forma um brasão em heráldica.
Estes dois elementos aliados às cores oficiais do FC MAIA Lidador, o azul e o vermelho, constroem o símbolo do nosso clube.
O “Gonçalinho” assim chamado em memória de Gonçalo Mendes da Maia, torna-se em 2012 a mascote do FC MAIA Lidador, clube este que se inspirou igualmente nesta figura da história da cidade da Maia. Porque o futebol também é feito de “lutas”, o Gonçalinho não dispensa a par do seu equipamento oficial, o escudo e o elmo que lhe protegerão em qualquer lance.
Na mão direita segura “Luso”, seu fiel companheiro de brincadeiras e batalhas. Juntos, lado a lado, defendem as cores de uma equipa, o FC MAIA Lidador, munidos de ESPÍRITO de CONQUISTA.
Conclusão
Fica aqui demonstrado que a imagem corporativa do nosso clube está alicerçada nas nossas raízes históricas, fazendo uma conjugação irrepreensível entre os elementos históricos e o design mais moderno e apelativo.
A construção da Mascote «O Gonçalinho», que é a imagem corporativa da nossa escolinha de futebol afigura-se como o elemento paradigmático da ligação entre a nossa história e as nossa raízes e as novas gerações de meninos jogadores de futebol.